quarta-feira, 28 de outubro de 2009

2ª Fase. E agora???

Pois bem, como havia prometido passei por aqui só para contar que passei na primeira fase da FAP. É aquela prova da dor de barriga rs.
Agora sim, vou ter a prova de fogo, a segunda fase. A rpova é como se fosse uma aula normal, com a diferença que seremos avaliados. Terá prova de ballet clássico e dança contemporânea, e é essa segunda que minhas chances caem não sei nada, mas vamos em frente com a cara, coragem e a ajuda Divina, vou precisar muito nessa hora.
A novidade desse ano é que terá uma entrevista também, ao meu ver isso é bom. Porém, não tenho tempo pra me preparar devidamente, tenho que terminar minha monografia e sem contar nas outros inúmeros trabalhos e provas, vou arrancar meus cabelos.
Os posts voltarão ao normal assim que eu entrar em férias, ou pelo menos passar essa fase maluca. E depois se alguém precisar de um conselho jurídico estamos aqui, e claro se alguém quiser trocar figurinhas sobre ballet, estaremos aqui também após o dia 16/11, prazo final pra entrega da monografia.
Ok, vou comemorar esta primeira vitória escrevendo minha monografia. Afinal, quanto antes começa antes termina.
Beijos pra todas.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bad news...

Graças aos compromissos acadêmicos de última hora não vou poder fazer aulas durante duas ou três semanas. ¬¬


Pelo menos vou poder participar dos ensaios, e por falar neles eis uma foto minha durante o ensaio:





ficou meio desfocada, mas dá pro gasto.



Como estarei sem tempo nos próximos dias é provavel que eu volte aqui só pra contar o resultado da primeira fase do vestibular, e depois só Deus sabe. Espero que em dezembro tudo volte ao normal, estou ansiosa por não precisar mais me preocupar com provas, trabalhos e monografia!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

As aventuras do fim de semana

Hoje foi um dia extremamente chato, passei o dia escrevendo a monografia o que não rendeu muita coisa, mas agora estou quase acabando o expediente.

O que eu quero falar não tem nada a ver com o dia de hoje, vamos começar com os acontecimentos em ordem cronológica, e pular a parte sobre a história da dança por um post...

Sábado

Como venho fazendo nos últimos tempos, saí cedinho de casa e fui pra faculdade, da faculdade corri para o ballet. Como a aula terminou cedo perdi só os exercícios no chão, os exercícios da barra peguei todos.

Minha cabeça estava em outro lugar qualquer menos na sala de aula. A monografia por fazer, a semana de provas rondando, o vestibular no dia seguinte, era coisa que não acabava mais. Minha professora percebeu é óbvio, aliás ela parece mãe sabe se você está bem ou mal sem que precise falar nada.

Enfim, acabei desabafando na hora do intervalo e veio a primeira crise do dia. Não bastasse isso tinha outras inúmeras meninas na sala que também iriam prestar vestibular no dia seguinte, que acabram entrando na minha onda depressiva e eu me senti aind apior por isso. depois da aula fui pra casa e então deixei que rolassem todas as lágrimas possíveis.
Voltei pro ballet. Hora do ensaio, estava me sentindo outra pessoa. Gente a música é lindíssima!!! O grande problema é que o autor é desconhecido, então nem sei como procurar vou pedir pra minha professora gravar pra mim. A coreografia tá linda, e eu me senti uma ninfa na floresta, mesmo não tendo tema, pois é no estilo neoclássico.

Tirei umas fotos depois do ensaio e óbvio tinha que me exibir um pouquinho rs.








Domingo

Acordei super cedo, e me enrolei até a hora do almoço e logo depois fui para o local da prova. Saí com aquela sensação de que estava esquecendo alguma coisa, não dei muita bola.
Encontrei uma amiga, e eu estava tão nervosa, e não sabia, que quando me dei conta fiquei com medo de ter dor de barriga na hora da prova. Já não tinha conseguido comer direito aí seria o fim da picada.

Na hora que peguei o caderno de provas tudo foi pro espaço, olhei a prova e não acreditei estava fácil demais. O gabarito já estava na internet quando cheguei em casa conferi as respostas mesmo sem poder ter anotado. As que eu tinha dúvida estavam certas, e com a exceção de alguns deslizes até que eu mandei bem, espero passar e com uma boa classificação.
Agora que fazer uma agradecimento especial. Graças a um post da Cássia pude marcar com convicção uma questão sobre a criadora da dança-teatro, Pina Bausch. Marquei um pontinho extra graças a esse post, obrigada!!!

Agora é só aguardar o resultado...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Compreendendo para apresentar

Muitas de nós bailarinas estamos nos preparando para as apresentações de fim de ano, algumas dançarão um ballet de repertório pela primeira vez, outras dançarão coreografia inéditas de ballet clássico ou influenciadas pelo neoclássico (que é o meu caso).

Em outro post comentei sobre a emoção no palco, sem dúvida alguma é essencial quando se trata de ballet, e também a causa de maior dificuldade na representação dos personagens, seja qual for. Na outra vez comentei que essa emoção a gente aprende na sala de aula enquanto executamos os movimentos. Agora vou falar um pouco sobre a pesquisa para a interpretação, mas não se enganem esse post não tem nada de altruísta estou apenas fixando conhecimento para a prova de vestibular que vou fazer no próximo domingo.

Preparem-se para ler um extenso e exaustivo comentário sobre a história da dança relacionada com a emoção a ser apresentada no palco, afinal temos que saber e entender o que estamos dançando. E por favor, não desistam de ler é muito importante para mim as críticas de vocês.

Como mencionei antes a emoção é parte tão fundamental na dança quanto à técnica perfeita, na verdade entendo que seja uma combinação de ambas, sem a emoção a técnica não se faz suficiente, pois os movimentos parecem mecânicos e desprovidos de sentimentos. E se a bailarina tiver apenas a emoção sem a técnica então se afasta da dança para se aproximar ao teatro. (Que fique bem claro que estou apenas expressando minha opinião, assim como quem queira concordar ou discordar fique a vontade, debates são importantes)

Conhecer aquilo que dançamos, tanto na parte técnica quanto sobre o sentimento a ser transmitido pelo personagem, é fundamental. Assim, é sempre bom entender o personagem conhecendo o contexto em que foi criado, qual foi à intenção do autor ao criá-lo, quais foram às modificações no decorrer da história, e por que aconteceram.

Pelo tamanho do texto até agora percebi que terei que dividi-lo em inúmeras partes, mas não tem problema, como eu disse antes a finalidade não é nada altruísta. Sem maior enrolação vamos ao que interessa.

A dança sempre esteve presente na história da sociedade, desde os tempos mais remotos. Porém, a dança como temos hoje (a dança cênica), teve um longo percurso até chegar à forma em que a conhecemos.

Em um primeiro momento a dança teve um cunho religioso, geralmente ligado aos rituais de fertilidade. Muito mais tarde na Grécia antiga ela teve seu espaço entre as tragédias e as comédias, na preparação militar, e claro, nas festas religiosas.

Somente na idade média é que ela foi tomando forma de dança cênica. O maior precursor dessa arte foi o Rei Luís XIV, chamado Rei Sol, apelido conseguido justamente por um papel que desempenhou dançando. Foi ele quem criou a primeira academia na França, Académie Royale de la Danse. Nessa época predominava o ballet de corte dançando em palácios pela nobreza, geralmente encomendados por alguma ocasião especial, visita de algum nobre ou em homenagem aos noivos em um casamento.



Luís XIV era um exímio dançarino, a dança fez parte de sua educação, e com um amor especial por essa arte propagou este sentimento para a nobreza de sua época. Com a criação da academia deu o pontapé inicial para a profissionalização e para que o ballet saísse da corte e ingressasse nos palcos dos teatros por todo o mundo.

Somente nessa época é que as mulheres voltam a dançar em espetáculos, que até então era atividade exclusiva masculina desde a Grécia Antiga, ficando as moças relegadas as danças festivas. Com a profissionalização, o reaparecimento das mulheres no palco, surge também a competitividade, e que podemos notar presente até os dias de hoje.

A evolução do ballet da corte para o profissionalismo vai culminar na fase romântica, que a parte que mais nos interessa em se tratando de repertório, vez que foi no romantismo que surgiram grandes obras do repertório como Giselle, Paquita, Lago dos Cisnes, Don Quixote. Em um futuro que eu espero que seja próximo quero falar sobre cada um desses ballets e o contexto em que eles se desenvolveram.

Sobre a valsa quero falar no próximo post, já que irei valsar na apresentação do final do ano, mas posso adiantar que ela esteve presente na era romântica do ballet, e continuou presente mesmo quando o romantismo foi ultrapassado.

No ballet de corte a maior fonte inspiradora eram os deuses da Grécia antiga com seus inúmeros feitos e os conflitos envolvendo mortais. Com mudança da corte para o teatro houve também uma mudança de paradigma, os deuses deixaram de ser a fonte inspiradora para dar lugar as lendas da idade média, com seus cavaleiros, damas e feiticeiros.

La Sylphide foi o marco que deu início ao ballet romântico, importante não confundir com Les Sylphides, foi coreografado por Fillipo Taglione, e dançando por sua filha Marie Taglione, uma das primeiras bailarinas a dançar nas pontas. A estória desse ballet se passa na Escócia, mostrando o mundo real e irreal, em um conflito de amor impossível entre seres dos dois mundos.

James, que estava noivo de Effie, é atraído por uma sílfide, que apenas ele pode ver, para um bosque no dia de seu casamento deixando a noiva e os convidados a sua espera. Porém, a sílfide sempre escapa quando ele tenta lhe tocar. Então uma feiticeira entrega a James uma capa que impede a Sílfide de voar, assim ao jogar-lhe a capa a Sílfide perde as asas e morre para a infelicidade de James. Effie cansada de esperar pelo noivo acaba casando-se com um aldeão.

Este foi breve resumo que levou em consideração apenas a essência desse bailado, mas a estória em si é bem mais rica e encantadora.

Marie Tagione no papel título dançou sobre as pontas, prática que a partir desse momento tornou-se obrigatória. No entanto, não foi a primeira a usar as sapatilhas de pontas, outras bailarinas a precederam. O figurino usado foi outra inovação, foi também com esse ballet que surge o tu-tu romântico, encurtando as saias que iam até os tornozelos e deixando os ombros a mostra.



Já naquela época, em 1832, os cenários tinham mecanismos para impressionar o público com o voo das sílfides.

Como eu disse o assunto é longo! Espero que compreendam o objetivo desse post. Feliz, ou infelizmente, vou ter que dividir esse meu estudo deixando para escrever a continuação em outra hora. Espero que gostem e façam proveito do que foi publicado aqui hoje, e não desanimem rs.
Aguardem as cenas dos próximos capítulos...

Referências bibliográficas:

PORTINARI, Maribel. História da Dança. 2ª edição. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro:1989.

domingo, 4 de outubro de 2009

Valsando...

Há muito tempo que eu queria pisar no palco, mas quem não quer??? A academia onde faço aulas não costuma fazer apresentações, a não ser com a companhia (depois eu faço a propaganda do espetáculo deles), nesse ano a coisa será diferente. Minha querida professora de ballet alugou um teatro para a apresentação de fim de ano das outras turmas que ela dá aula e resolveu nos levar para dançar também.


Não posso dar muitas informações sobre o espetáculo porque não sei de muita coisa ainda, apenas que os ensaios vão começar sábado que vem. Eu to tão feliz que eu vou poder dançar, e que os horários dos ensaios coincidiram com os meus, o que não é nada fácil.

Provavelmente começaremos a dançar algo lento, um adágio, e que Deus tenha piedade de mim! Adágio de centro ferra com a minha vida, ainda assim a gente sorri, bate as pestanas, faz cara de apaixonada ou melancólica e ninguém desconfia de nada.

A segunda parte é uma valsa, lindíssima se não me engano é a "Valsa das Fadas", mas não consegui encontrar nada ainda, preciso confirmar se é isso mesmo e depois posto aqui. Claro que vou fotografar os ensaios e a apresentação e postar aqui também, não me aguento rs.


Mudando de Assunto:

* Domingo que vem é a primeira fase do vestibular da FAP e para melhorar a situação não li um livro da bibliografia indicada e nem vou ler porque não tenho tempo, e o vestibular vai cair no meio da minha semana de provas, podia ser melhor né?

* Lugares de Mim





É o espetáculo da Descompanhia de dança, estará em cartaz, no Teatro Guaíra, nos dias 7 a11 de outubro às 20 horas e no domingo às 19 horas, auditório José maria Santos (Rua Treze de Maio, 655, Curitiba).





"O espetáculo LUGARES DE MIM, através de um minucioso processo de investigação, traz a tona latências pessoais. Corpos que guardam pequenos segredos latejantes, loucos para romper as barreiras da pele, transformando imagens em movimento. Trata-se do instante em que a imagem deixa de ser invisível tornado-se visível, assim como um corpo-foto que se revela ao público. Uma experiência estética onde o olhar do observador interage com o espetáculo, registrando através de suas escolhas e identificações pessoais, impressões de uma dança efêmera, porém transformadora. Pois não há dúvida que nos transformamos - artista e público - na razão direta daquilo que experimentamos.






O espetáculo sugere novos ambientes a cada instante, criando paisagens sígnicas, presenças que se transmutam. As cenas unem-se por um fio condutor que preserva latente os movimentos mesmo quando estes deixam de existir no espaço cênico. Esse transbordamento da cena nos interessa enquanto tentativa de alcançar um lugar que não é visível, que vai além do que se mostra na obra, para provocar novos meios de percepção.LUGARES DE MIM se constrói no diálogo entre o imaginário e o real." Fonte:http://www.tguaira.pr.gov.br/modules/ageventos/mostra.php?codigo=1057